Médico Especialista no Tratamento do Cálculo Renal Curitiba – A nefrolitíase, ou cálculo renal, é uma doença na qual os rins tem propensão a formar aglomerados de cristais que se aglutinam e formam os cálculos renais.
A presença de cálculos nos rins pode não causar nenhum sintoma quando estes são pequenos e imóveis.
A medida inicial em casos de cólica nefrética visa o controle da dor, além do diagnóstico preciso do problema através de exames que possam localizar a posição precisa do cálculo.
Um exame inicial para casos suspeitos é a , que também pode descartar outras causas de dor abdominal que não sejam cálculos. A ecografia bem realizada tem boa capacidade de localizar os cálculos do rim e do terço superior e do terço inferior do ureter, assim como da bexiga.
Por vezes, a ecografia não identifica o cálculo mas diagnostica uma dilatação no rim cujo ureter está obstruído. Isto acontece pois ecografia possui limitação para o ureter médio pela presença do intestino grosso (cólon). Se o cálculo estiver posicionado no ureter médio, sua visualização pode ficar prejudicada.
Inicialmente, a depender do cálculo (tamanho, posição) e dos sintomas do paciente, a terapia expulsiva medicamentosa pode ser instituída. Através da administração de medicamentos específicos, tenta-se facilitar a expulsão do cálculo.
Este tratamento pode durar alguns dias e sua reavaliação periódica é obrigatória. Frente a qualquer sinal de falha do tratamento (dor persistente, não progressão do cálculo), deve-se optar por um tratamento intervencionista.
A indicação da estratégia de tratamento intervencionista vai depender da composição do cálculo, da sua dureza, da localização e dos sintomas.
A Ureterolitotripsia a Laser é uma opção de tratamento cirúrgico endourológico (minimamente invasivo) em que se utiliza do acesso pela uretra com um aparelho bastante fino (ureteroscópio).
Através de uma fibra de Holmium Laser, é realizada a fragmentação e pulverização do cálculo. Trata-se de um procedimento bastante eficaz, com excelente taxa de resolutividade. Sua indicação depende do tamanho e localização do cálculo.
Para cálculos de ureter médio e baixo, normalmente utiliza-se o aparelho semi rígido, com grande taxa sucesso. É realizado sob anestesia geral, em centro cirúrgico.
Apesar de ser considerada uma cirurgia, não há quaisquer cortes, pois é similar a uma endoscopia. Ao fim, o paciente pode ou não ter de ficar com um cateter duplo J, que será dentro do tempo estipulado pelo urologista, conforme cada caso (2-7 dias usualmente).
A Nefrolitotripsia Percutânea é uma modalidade terapêutica indicada para os grandes cálculos renais, acima de 15mm (1,5cm) de tamanho. É o tratamento de escolha para os cálculos coraliformes. Estes cálculos são oriundos da infecção da urina por germes como o Proteus e a Klebsiella. Através da grande alcalinização da urina (pH > 7,5), estes cálculos tendem a aumentar de tamanho e ocupar toda a anatomia do sistema coletor do rim, ficando no formato de um coral, ou, segundo alguns pacientes, formato de um gengibre.
A Nefrolitotripsia Percutânea consiste em uma abordagem minimamente invasiva do rim com um aparelho chamado nefroscópio.
Sob anestesia geral, através de um corte de aproximadamente 1cm no na lateral do abdome, o nefroscópio é posicionado dentro do rim.
Após a visualização direta do cálculo, é utilizada uma forma de energia (balística, ultrassônica ou laser) para a sua fragmentação. Os fragmentos resultantes são aspirados ou retirados com pinça. Atualmente, caso necessário e para melhorar os resultados, podemos associar as duas técnicas (com o ureterorrenoscópio flexível pela uretra e com o nefroscópio através de um corte na lateral do abdome) no mesmo procedimento. Esta associação é chamada de ECIRS (Endoscopic Combined Intrarrenal Surgery) e é realizada pela equipe do Uroville no Hospital INC nos casos selecionados.
A Litotripsia Extracorporea é uma das opções de tratamento para os cálculos com densidade menor (menos duros) e que normalmente se encontram dentro dos rins.
É um procedimento ambulatorial em que o paciente é posicionado em um aparelho e submetido impulsos mecânicos localizados na altura do rim.
Essas ondas de choque são moduladas a se concentrar no cálculo, proporcionando a sua fragmentação. Nesta modalidade, não há internação e o paciente é liberado pouco após o procedimento.
A taxa de sucesso dependerá do tamanho, densidade e localização. Sessões complementares podem ser necessárias.
A Pielolitotomia Videolaparoscópica ou Robótica é uma opção para o tratamento dos grandes cálculos renais.
Pela técnica laparoscópica ou robótica, o rim é acessado e o cálculo é abordado através da pelve renal, área do rim onde os cálices renais confluem antes de desembocarem no ureter.
Através desta técnica, o cálculo é extraído por inteiro, com baixo risco de deixar fragmentos.
É importante salientar que cada cálculo de cada paciente precisa de uma avaliação individualizada para que a indicação terapêutica possa ser a mais precisa possível.